O levantamento do Instituto MahaGestão, feito junto a pequenas empresas do Estado do Rio de Janeiro e São Paulo, identificou cinco desafios que podem levá-las à falência: atraso nos pagamentos com possíveis perdas de crédito junto aos fornecedores; pagar juros mais altos pela captação de recursos financeiros imediatos; descontrole do saldo da conta e do fluxo de caixa; falta de informações para planejamento e ações corretivas; e dificuldades para encontrar possíveis desvios entre o planejado e o realizado.
Os motivos que levam a esses riscos são os mesmos nos dois estados: o descontrole do processo financeiro e a falta de informações para a tomada de decisão. De todos os processos analisados por meio da plataforma MahaGestão, os que as empresas apresentam menor maturidade são distribuição, estocagem, caixa e bancos e fiscal e contábil.
De acordo com o Instituto, as empresas não têm feito procedimentos adequados, como comprar em função do giro ou avaliar os ganhos obtidos com os produtos comprados utilizando critérios por grupo de produtos, marca, fornecedor, perfil de cliente, etc.
Elas também não têm se planejado e nem conferido seus próprios números, como fluxo de caixa, lucro de vendas, balanços patrimoniais e relatórios de apuração de impostos.
O Instituto MahaGestão também elaborou o Índice Maha, que representa o nível de maturidade das empresas em uma escala de 0 a 100, tendo como melhores práticas os processos chaves das empresas, utilizando os fundamentos da Administração. As empresas do RJ e de SP ficaram com média 53,8 e 59,4, respectivamente.
A partir de um sistema de parâmetros mensuráveis, foram classificados em quatro níveis de execução: Operação, Controle, Gerência e Planejamento, sendo esses níveis determinantes na associação e medição do nível de maturidade de gestão de uma empresa. Foi possível perceber que as empresas do estado de São Paulo estão, em geral com níveis de execução superiores aos das empresas do Rio de Janeiro.
Dentre benefícios que as empresas paulistas colhem por esse motivo estão: maior eficiência dos processos; maior segurança das informações; melhor desempenho da organização; e melhor visão de futuro.
O nível de automatização também é relevante para a composição do Índice Maha, já que representa o grau de eficiência dos processos nas empresas. Baixa automatização indica alto índice de problemas como retrabalhos, alto gasto de tempo com tarefas operacionais e a sujeição a erros em diversos procedimentos que são realizados de forma manual.
Tudo isso afeta a competitividade e os resultados dos negócios, diz o Instituto Maha. A companhia ainda aponta que o maior nível de maturidade de gestão de uma empresa está diretamente relacionado ao nível de automatização e aplicação das melhores práticas de gestão.
Fonte: revistasesconsp.com.br